sexta-feira, 29 de outubro de 2010

o que eu tenho de bonito são vocês

Acordou achando o céu de um azul bonito desses que não se vê todos os dias, se encantou com a serenata que os pássaros faziam em sua janela e com o silêncio que tocava o ar... Ainda assim - por sua natureza pessimista - subestimou aquele dia, mesmo ele lhe sorrindo logo pela manhã.
Se o destino, como ela temia, ousasse tentar estragá-lo, falharia. A menina foi lindamente cuidada e mantida longe de toda a infelicidade que se escondia nas esquinas dos seus caminhos. Como nos romances antigos, recebeu flores (elas já não mais apenas enfeitavam seus vestidos) e doces. Recebeu umas palavras dessas que batem lá na alma e se encravam pra sempre por lá. Recebeu um carinho inestimável, fazendo com que se sentisse a pessoa mais especial do mundo, a mais feliz, a mais sortuda. Tinha amigos que não vinham apenas secar suas lágrimas, mas impedir que elas caíssem. Amigos que se importavam - e isso é reconfortante.
A beleza dessas pessoas permitiu à menina rapidamente confiar tanto, bendizer tanto, orgulhar tanto, amar tanto. A beleza delas lhe permitiu crer nas pessoas. A beleza delas lhe permitiu crer na vida.
Se não sonhasse naquela noite, não lhe importava. Adormeceu sorrindo.

Todo o meu amor pra vocês.


Essa foi a única forma que encontrei de agradecer. Mesmo não sendo nada perto do que fizeram por mim, o meu melhor está ai, pra vocês, nessas linhas. Obrigada por tudo :)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

transbordando

Às vezes, sinto que sou eu em excesso. Sou demasiadamente Ana Sofia. Sentir é o meu grande erro maravilhosamente acertado. Eu sinto demais. De tudo um pouco. De tudo, do todo. Tudo. Eu vivo das excessividades: do amor, do vento, do mar e de você; das excessividades de mim, já que eu sou tudo isso ao mesmo tempo. Eu me transbordo.
Me disseram que olho de maneira diferente pra você. Talvez você descobrisse isso se me olhasse nos olhos - eles dizem que eu te amo tanto...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

sempre ao avesso


Eu sou sempre o contrário de tudo, o não estabelecido, o não convencional. Eu sou o sonho, o amor, a poesia e a loucura. Não há nada de razão em meus cachos, em minhas roupas, em meus textos, em meu jeito de caminhar e de conduzir a vida. Mas, sabe, às vezes eu acho que os loucos são mais felizes mesmo. Por que, nós, os loucos, somos mais leves e descompromissados.

Nosso único compromisso é a vida.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

weak


Eu diria a liberdade. Mas eu sei que a resposta que eu teria seria sobre o vento. O vento não é libertador como todo mundo costuma achar.
Então, eu diria sonho. Responderia sobre o tempo, pés no chão, força, não saber voar.
Ai, eu diria amor. Não obteria resposta nenhuma. Cheguei no ponto fraco de um realista demais, de um fraco demais, de um pobre de vida.


saudadezinha

Saudade. Saudade. Saudade.
Lateja.
Faz questão de se mostrar presente, de dizer que está ali. Não é saudade de alguém. É saudade de um dia que eu nem sei mais qual foi.
Saudade.
Acho que pode ser saudade de uma sensação. Ou de uma cor de céu. Ou de um som.
Saudade, quero só saber do que.
Saudade ainda.
Saudade. Saudade. Saudade...

Saudade?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

se você souber a resposta me diga

Que há comigo que não consigo mais escrever? Será falta de tristeza, de felicidade, de sentimentos avassaladores, de tardes despreocupadas? Será falta de amor? De você? Será que sou eu sem você? Eu sem amor? Eu sem alguém? Será uma fase, uma sina, uma praga? Será falta de síndrome de Clarice? Falta de Leminski? Falta de coração?
Ah! Assim eu não consigo, caramba. Preciso voltar a me botar no papel. Preciso voltar a ser papel. Voltar a ser inteiramente eu.

pra te revelar


Eu posso nos imaginar em uma tarde laranja feita de açúcar e canela. Eu posso imaginar nossas mãos, nossos olhos, nossa poesia. Eu posso imaginar os dias de melodia, de foto pra guardar, de sorriso perto e de ficar sem fôlego. Eu posso imaginar nossos medos exorcizados, nossos sonhos supridos, nossa cama sempre desfeita num lençol muito branco.
Posso imaginar nossas tardes laranjas.
Marcadas.
Felizes.

Eu posso nos imaginar.


curta e grossa

Quando você estiver comigo, quero que nada mais importe. Nada mais importe para mim. Nada mais importe para você. Nada mais nos importe além de nós.