sábado, 28 de agosto de 2010

Só.

Maior pesar eu tenho não é por não dormir direito, mas é que não tenho sonhado mais. Não sonhar pra mim é semi-vida, subvida, não-vida. É estar seca, pobre, morta. Eu preciso voltar aos meus sonhos pra sorrir.
Minha família não está aqui comigo e meus amigos duram só de segunda a sexta. Fins de semana sou só eu, a solidão e o eco que habita o vazio.
Devo estar nesse estado de nervos desde quinta porque sei da contagem regressiva: o zero trará minha solidão.
Na verdade, eu tô bem puta com isso tudo. Isso tudo o quê? Com as pessoas, com a minha solidão e com as pessoas que me deixam sozinha. Estar sozinha é bom, mas repetidas é um peso que te comprime.
Eu quero gritar. Eu preciso gritar. Só não sei na cara de quem. Só não sei se ainda há voz.
Tenho que buscar forças em algum lugar, que não sei onde. As lágrimas tem que secar, porque meus olhos já doem de tanto chorar, de tanto não achar luz.
Eu só quero mais alguém aqui comigo. Só mais alguém. Só alguém. Só.

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